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Estamos Jogando PC – Deathbound – Estreou Hoje

21 min de leitura

O novo “Soulslike” brasileiro está previsto para o começo do mês de Agosto e nós testamos!

O jogo Deathbound, desenvolvido pela Trialforge Studio (brasileiro) e com publicação pela Tate Multimedia (polonês), está previsto para lançar no dia 08/08/2024. A proposta do título é de um RPG de Ação 3D, com elementos que lembram o Mortal Shell na gameplay. Quanto a narrativa é um ambiente de fantasia/ficção futurista sombria.

Por enquanto, o único preço anunciado é em Euros: $29,99 (em conversão direta fica R$184,21). Porém, no dia 24/07, o anúncio que informou o preço em Euros também informa que terá uma oferta de preços regionais. Caso queria conferir o anúncio.

Se interessou? Então, confira o trailer:

Jogatina acelerada, né?

Enredo

Eras atrás, a “deusa da Vidaenganou a “deusa da Morte” (sua irmã) para roubar os seus poderes e criar os Primeiros Homens, uma raça de seres que não podiam morrer. Após milhares de anos vivos, eles tinham criado uma poderosa e avançada civilização. A qual dominava um tipo de magia tecnológica e fez cidades que abrangiam níveis continentais.

Porém, a deusa da Morte não se contentou em ser enganada. Então, ela começou a seduzir esses humanos imortais que estavam cansados de uma existência sem fim. Eventualmente, eles desistiram da sua imortalidade e a sociedade criada por eles colapsou do dia para a noite.

Séculos depois, uma nova civilização surgiu dos destroços do novo mundo e, com eles, o desejo de enganar a morte surgiu de novo.

Por anos, os Essenciamantes, uma seita fanática de estudiosos do conhecimento proibido, tentaram aperfeiçoar um ritual que possibilitaria a vida eterna. Eles usaram a tecnologia há muito perdida dos Primeiros Homens para tal ato.

Infelizmente, isso teria um preço terrível…

Cultos e Personagens iniciais

Em resumo, há duas facções principais no Deathbound que detém o poder no novo mundo:

  • A Igreja da Morte – É a organização política mais poderosa de Zieminal (A região que era uma das cidades-continente dos antigos). Portanto, com fé dominante, eles perseguem qualquer pessoa ou organização que não siga o seu credo ou ore para a deusa da Morte.
  • O Culto da Vida – Uma aliança complicada de várias organizações que tentam resistir a opressão dos seguidores da Morte. Estão inclusos nesta aliança os Essenciamentes e os adoradores da deusa da Vida. Ambos trabalham sobretudo para trazer a imortalidade de volta para a raça humana.

Os personagens que o jogador controlará, disponibilizados até então, estão entre esses dois cultos:

  • Therone Guillaumen, personagem inicial, é um dos seguidores e, além disso, executores da Igreja da Morte. Ele renunciou a sua vida nobre para se tornar a espada viva da deusa da Morte.
  • Anna Lepus, segundo personagem liberada, segue a deusa da Vida. Ela foi traída pelo próprio povo e portanto passou a viver sozinha. Tendo as sombras como casa, ela se tornou uma lâmina na escuridão.
  • Haodai Tehkri, terceiro personagem liberado, segue a deusa da Vida. Um mago de Klingazar e um Essenciamante acólito, descobriu as habilidades de manipular a Essência ainda na infância.
  • Iulia Tchevlaskia, quarta personagem liberada, segue ambas as deusas. Uma revolucionária que perdeu tudo, entretanto, ela ainda busca acabar com a opressão pela ponta de sua lança.
Em resumo, respectivamente, os personagens são das classes: Guerreiro (escudo e espada), Ladina (besta e adaga), Mago (cajado, magias de veneno e raios) e Guerreira (lança).

Jogabilidade

A jogabilidade do Deathbound é clássica de um RPG de Ação 3D, que alguns chamam de Soulslike.

O jogador se move em 3D com uma câmera em 3º pessoa, com movimentos de ataque leve, ataque pesado, defesa, parry e esquiva. Os movimentos variam com relação a classe e o armamento do personagem.

A mecânica do jogo é um sistema de esquadrão (party) até 4 heróis. Cada personagem terá sua qualidades e estilo de jogo, assim como suas fraquezas.

Além disso, o jogo possui um sistema de vantagem e desvantagem com relação a posição desses membros. Ou seja, se os personagens tiverem coisas em comum (como seguir a mesma deusa) eles darão bônus uns para os outros. Porém, se forem de ideias opostas vão dar ônus uns para os outros.

Há ainda os Morphstrikes e os Morphsdodges. Eles são basicamente uma troca rápida de personagens em ataques e esquivas para criar combos e carregar a barra de Sync. Eles só podem ser feitos entre os 4 personagens da sua party, gerando ataques únicos e combos especiais.

Esses ataques especiais consumem Sync (uma barra na parte de baixo) e o Sync enche com esquivas perfeitas e ataques em inimigos. Caso a barra de Sync esteja cheia o personagem pode executar um Ultra Morphstrike que consome 4 cargas de Sync (5 barras no máximo).

Por fim, o jogador poderá escolher qual personagem irá trocar (no meio ou não de um movimento) nas setinhas ou com o Y (no controle do Xbox). Este último irá trocar para o personagem que estiver com a maior energia.

HUD e Acessórios

O HUD do Deathbound é bem distribuído e o centro da tela fica praticamente livre. Algo interessante na mecânica de vida e de estamina é que a estamina sobrepõe a vida. A medida que o jogador perde vida a estamina fica reduzida a quantidade de vida. Ou seja, sofrer dano é sofrer dano em dobro.

Cuidado! Pois, cada um dos 4 personagens terá sua vida própria e se um deles zerar a vida todos morrem.

Algo que achei complicado foi trocar os itens consumíveis, basicamente é uma soma de comandos para trocar o item com o da frente ou com o de trás. Todavia, creio que para se acostumar com o tempo.

Por último, existem os efeitos de acúmulo (sangramento, queimadura e etc) e os itens permanentes (anéis e “amuletos”). Então, quem está acostumado com os Dark Souls não terá dificuldade em criar combo de status.

A única diferença é que é possível “evoluir” os anéis e os amuletos. Quanto os efeitos de acúmulo, eles são tanto uma arma quanto uma ameaça.

Visual, Narrativa e Trilha Sonora

O visual e a narrativa do Deathbound são muito interessantes, com uma mescla estranha de sociedade medieval no presente e uma sociedade tecnológica em decadência de fundo. Há bastante indícios de tortura e inquisição pelo cenário, entre outras coisas.

Essa mescla de futuro com místico lembra um pouco Remnant.

Com certeza não é o melhor cenário para se viver. Há uma distinção bem grande entre a Igreja da Morte, com guerreiros de armadura medieval, e o Culto da Vida, com guerreiros de máscara de gás e itens tecnológicos. Não deixando dúvida da proposta ou do que desejam mostrar.

Enquanto isso, a narrativa do Deathbound é envolta em mistério e é contada em flashbacks, interações dos personagens da party entre si e dos personagens com outros NPC’s.

Algo interessante é que dependendo do personagem que aborde os NPC’s será possível ter uma interação única. Assim como as interações entre os personagens da party que falam entre si e discutem uns com os outros.

Quanto a trilha e os efeitos sonoros, eles são bem interessantes e passam a atmosfera sombria e fantasiosa do local.

Inimigos

A maior parte dos inimigos do Deathbound são um pouco genéricos no inicio, variando de aranhas para monstros de aparência humana com brilhos verdes.

Porém, a medida que o jogador avança mais, vão aparecendo inimigos bem desafiadores e de aparência e movimento interessantes.

A mulher-aranha e o Guerreiro Pesado são exemplos disso. Ainda mais para frente tem um tipo de ser que parece um boneco de Olinda (ou só um humano com mescla de árvore). Cada um desses tem um desafio, a mulher aranha é bem frenética e dá envenenamento nos ataques por exemplo.

Em resumo, os inimigos variam de ataques de curta e de longa distância, alguns terão ambos os alcances. Por exemplo, o boneco de Olinda que ataca com os braços que esticam se estiver longe e se estiver perto ele fica girando.

A questão é o movimento e o equilíbrio deles, alguns quase não param de atacar e as vezes é difícil pegar o timing. A quebra do equilíbrio possibilita atacar com crítico, assim como acertar o parry ou pegar por trás.

O interessante e diferencial é a necessidade ter de variar de personagem. Só o Therone dá parry com o escudo (pois só ele tem no começo), enquanto a a Anna consegue dar crítico por trás por não fazer barulho. Ou seja, as habilidades dos personagens se complementam, facilitando e até combando (como a magia de envenenar a arma do Haodai) contra inimigos.

Já os bosses são bem interessantes, sobretudo o primeiro: A Verdade Iminente. Já que ele tem em teoria 3 fases (só uma barra de vida) e são ligadas aos sentidos que ele vai “liberando”.

O segundo, The Holder, lembra o primeiro boss de Elden Ring (o que o jogador é programado para morrer). Ou seja, muitos braços e movimento bem frenético. A dica que dou é usar envenenamento.

Considerações Finais

O que vi do Deathbound é muito promissor. Têm uma narrativa e visual incríveis e diferentes, quanto a jogatina é divertida, mas também desafiadora. Creio que o mais diferencial é a mecânica de múltiplos personagens presos em um corpo e cada um ter um estilo próprio. Claro que lembra Mortal Shell e a possibilidade de trocar de corpo.

Porém, aqui tem uma grande personalidade, já que os personagens falam, interagem e demonstram diferenças não só na gameplay. Portanto, a proposta é bem curiosa e bem feita do estúdio brasileiro. Realmente aparenta ser um projeto ambicioso e completo.

Creio que os únicos pontos negativos até então são a performance, que as vezes cai ao trocar de área, e as vezes ter a repetição de movimentos dos inimigos. Não aconteceram muitas vezes, mas o The Holder chegou a repetir o mesmo movimento 4 vezes.

Tirando isso, o movimento encaixa bem e a esquiva também, não tive problemas com erro nos frames de invencibilidade.

O título estará disponível para PC, PS5, Xbox Series S e X. Também estará disponível em português brasileiro (interface e legendas).

O jogo terá suporte para controles modernos na Steam.

Ficou interessado no Deathbound? Então, dê uma olhada na página da Steam.

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