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Assistimos – Ainda Estou Aqui

7 min de leitura
Ainda estou Aqui

Título já arrecadou R$ 8,9 milhões e é um título obrigatório para todos nós

Ainda Estou Aqui é o mais recente filme do diretor Walter Salles, uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva.

O longa, que estreou no último dia 7, está atraindo multidões aos cinemas e traz à tona uma discussão difícil, mas extremamente necessária.

Mais do que um simples drama, Ainda Estou Aqui combina o peso emocional do gênero com o suspense angustiante dos thrillers, despertando no público um misto de desespero e empatia. A obra emociona espectadores de todas as idades, inclusive aqueles que já estão familiarizados com a história original.

Para entender a profundidade emocional de Ainda Estou Aqui, imagine um cenário aterrador em um dia comum, próximo à hora do almoço, agentes da lei entram em sua casa e levam um familiar seu, prometendo que ele retornará em breve.

No entanto, os dias passam, e ele não volta. O pior vem quando você tenta encontrá-lo e descobre que ninguém admite sua passagem por quartéis ou qualquer outro local de detenção.

Como lidar com a dor e o vazio deixados por alguém amado que desaparece como se tivesse evaporado no ar?

Então, confira o trailer abaixo

Ainda Estou Aqui retrata a incansável luta de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro), mãe de Marcelo Rubens Paiva, para que o Estado assumisse a responsabilidade pela morte de seu marido, o arquiteto e ex-deputado Rubens Paiva.

Ao mesmo tempo, há o desafio de criar e proteger seus cinco filhos em meio à instabilidade e ao medo constantes. A obra retrata não apenas a busca por justiça, mas também o esforço de uma mãe para preservar a segurança e o bem-estar de sua família.

Qual a importância de uma obra como Ainda Estou Aqui e por que devemos assisti-la?

Consciência histórica nacional
O filme aborda, com sensibilidade e impacto, um tema doloroso, mas crucial: o período da ditadura militar no Brasil. Ele nos convida a refletir sobre esse capítulo sombrio de nossa história, que, se esquecido, corre o risco de se repetir. Ao trazer à tona as atrocidades e a repressão vividas, a obra preserva a memória coletiva e incentiva o debate sobre os valores democráticos e os direitos humanos.

A luta de Eunice Paiva
Eunice Paiva é um exemplo de coragem e determinação. Sua trajetória foi fundamental para que o Estado brasileiro reconhecesse não apenas a tortura como prática sistêmica durante o regime militar, mas também o assassinato de Rubens Paiva, ocorrido em janeiro de 1971, enquanto estava preso como opositor político. Assistir ao filme é uma forma de homenagear essa luta e compreender a importância da resistência em tempos de opressão.

Uma obra-prima cinematográfica
Dirigido por Walter Salles, Ainda Estou Aqui é uma verdadeira joia do cinema brasileiro. Com ambientação cuidadosa, trilha sonora marcante e atuações brilhantes, o filme encanta e emociona. Destaque especial para Fernanda Montenegro, que, aos 95 anos, entrega uma performance poderosa, mesmo com poucos minutos de tela. A produção não é apenas um drama, mas uma experiência cinematográfica que marca o espectador.

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