Filmes Matérias Assistimos – Razões Africanas Por Kassiano César de Souza Baptista Postado em 2 horas atrás 9 min de leitura A herança africana em Nós Razões Africanas (2023) é um documentário poderoso dirigido por Jefferson Mello, que explora as conexões profundas e as influências da África na cultura e história contemporâneas de diferentes regiões do mundo. Filmado em uma jornada que atravessa o Brasil, Cuba, EUA, Angola, Congo e Mali, o documentário traça um rico panorama de diálogos culturais, heranças ancestrais e resistências que moldaram identidades ao redor do globo. Com uma abordagem sensível e narrativa envolvente, Razões Africanas é uma celebração da diversidade e um convite à reflexão sobre nossas raízes compartilhadas. Então, confira o trailer @sitemundonegro O documentário “Razões Africanas”, dirigido por Jefferson Mello, estreia nos cinemas brasileiros no próximo dia 21 de novembro, trazendo uma narrativa que explora as influências africanas na formação de três ritmos essenciais para a música mundial: o jongo, a rumba e o blues. Com um novo trailer divulgado, o longa revela imagens das viagens de Mello e sua equipe por seis países — Brasil, Cuba, Estados Unidos, Angola, Congo e Mali — em busca das raízes culturais de cada estilo. A produção acompanha três personagens representativos desses ritmos: a brasileira Lazir Sinval (jongo), a cubana Eva Despaigne (rumba) e o americano Terry ‘Harmonica’ Bean (blues). Por meio de depoimentos, o filme revela não apenas as trajetórias pessoais e musicais de cada artista, mas também o elo profundo entre suas manifestações culturais e a herança africana, celebrando as diversas influências da diáspora africana em contextos históricos e contemporâneos. A montagem alterna cenas do cotidiano dos músicos com análises de especialistas, criando um mosaico de sons, danças e tradições que transcendem fronteiras geográficas. “Razões Africanas” também destaca a relevância de se compreender a música como um espaço de diálogo e resistência cultural, explorando a importância da preservação e valorização desses patrimônios imateriais. Vídeo: Divulgação #Mundonegro #Documentário #Ancestralidade ♬ som original – MundoNegro Já dizia Oswald de Andrade, um dos líderes do Movimento Antropofágico: Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Aqui, usamos o termo “antropofagia” no sentido de “apropriação cultural”. Trata-se do processo em que um povo “deglute” ou “devora” a cultura de outro (estrangeiro), integrando-a sem perder a essência de sua própria originalidade. Essa ideia simboliza o processo sociocultural de miscigenação, a “mistura” entre diferentes povos do mundo, resultando em novas e ricas expressões culturais. Após assistir ao documentário Razões Africanas (2023), dirigido por Jefferson Mello, essa lembrança vem à tona. A coprodução reúne seis países de três continentes – Brasil, Cuba e EUA nas Américas; Angola, Congo e Mali na África. E conduz o espectador a uma profunda reflexão sobre a influência dos povos africanos no continente americano. Através de histórias individuais e suas relações com a música, o diretor explora a visão profunda do impacto da diáspora africana. Nesse processo histórico, milhares de homens e mulheres africanos foram arrancados de suas terras e vendidos como escravos. Mas, em meio a essa realidade dolorosa, a cultura – especialmente a música e a dança – tornou-se um pilar de resistência social e política, mantendo vivas as identidades e tradições. Assim, contando histórias dos ritmos musicais Jongo, no Rio de Janeiro/ Brasil, Rumba, em Havana e Matanzas/ Cuba, e Blues, no Mississipi/ EUA, Mello nos conduz à percepção da herança cultural dos povos africanos na América, ao longo de séculos de escravidão. Uma herança de dores, sofrimentos, resistências, alegrias e força. Dito de outro modo, nas palavras da artista Ana Paula dos Santos Risos, na apresentação do livro Farelos d’África: […] o que foi feita da África que nos sobrou, não do continente africano em si, mas dos resquícios (dos farelos) da diáspora em nós!? Comentando sobre as influências culturais da Rumba, uma das pessoas entrevistadas por Mello e sua equipe afirma: a Rumba é um ritmo cubano com fortes influências dos povos africanos e hispânicos, fundida (miscigenada) com contribuições cubanas. Essa afirmação da influência da cultura africana na América, estende-se aos outros ritmos: ao Jongo brasileiro, assim como o Blues estadunidense. Dessa forma, vale muito a pena conferir o Razões Africanas que estreia dia 21 de Novembro. Inscreva-se no nosso canal do Youtube e da Twitch! Conheça também o nosso podcast: Playzuandocast, o podcast da zueira e dos games! Disponível no iTunes, Deezer, Google Podcasts, além do Amazon Music e Spotify! Quer que algum jogo ou série que você conhece seja pauta nossa? Então nos mande uma mensagem através do e-mail, do formulário fale conosco ou nossas redes sociais @playzuandoCompartilhe isso:WhatsAppTelegramFacebookTwitter