Novo jogo com enredo envolvendo I.A. e gameplay com foco em diálogos e escolha de decisões

Minds Beneath Us, desenvolvido e publicado pela BearBoneStudio (estúdio de Taiwan), teve o lançamento no dia 31/07/2024. Traz uma proposta com pouca ação e ousada, já que a maior parte da população não tem o costume de ler.

O título está com uma oferta introdutória de 10% de desconto até o dia 14/08, ficando por R$53,99. O valor padrão é R$59,99.

Achou interessante e que dar uma olhada? Então, confira o trailer:

Curtiu o visual de um futuro próximo de uma cidade asiática dominada por I.A.?

Enredo

É um pouco complicado separar o enredo da jogabilidade, porque ambos são entrelaçados.

Em resumo, a história se passa em uma cidade asiática no ano de 2049 (um futuro bem próximo) e o jogador controlará o corpo de um jovem por meio de um M.B.U. (espécie de consciência sem corpo).

A introdução do jogo servirá como um tutorial, em que o jogador controlará um chefão do crime controlado por um M.B.U.

Em seguida, o jogador entrará no corpo de um jovem chamado Jason. O personagem já passou por isso antes e nos dá dicas da sua vontade por meio da sua subconsciência. No mesmo dia, o Jason irá para uma entrevista na “fazenda” (uma das sedes da maior de empresa de I.A. do país do jogo) que a sua namorada Frances arranjou.

A partir daí o jogador entrará em um enredo com mistérios e cada vez mais problemas enquanto tenta conseguir a vaga de emprego.

O visual do Minds Beneath Us é muito Sci-fi, com mistura de neon, fumaça, arquitetura antiga e futurista, automóveis com pneus e automóveis voadores, dentre outros conceitos visuais interessantes.

Durante essa exposição visual, a trama irá desenrolar não apenas temas como I.A. no controle de uma cidade e o futuro de corporações que usarão elas. Mas também o desemprego causado por esse uso de I.A., a separação de pessoas com condições melhores das que tem pouca condição financeira e muitos outros temas que não estão distantes do momento presente.

Jogabilidade

A jogabilidade é quase uma ferramenta do enredo, em resumo é andar e escolher o que falar.

A câmera mescla o 2D com o 3D, mas o movimento é praticamente para frente e para trás. Há a opção de correr, assim como de verificar materiais ao redor com o analógico esquerdo (ou mouse).

Os controles são bem responsivos e básicos. A diversão e foco está nos diálogos com os personagens.

Muitos dos diálogos são opcionais, mas desbloquearão opções do que falar. Tanto por ter falado com um personagem que estava pelo cenário, quanto por ter olhado um objeto do cenário.

A questão é que as ações e escolhas impactarão diretamente nos eventos seguintes.

Porém, mesmo prestando atenção em diálogos, vídeos (têm televisões pelo cenário que passam notícias sobre assuntos do momento) e analisando o cenário, vez ou outra algumas perguntas serão pegadinhas ou serão bem difíceis de saber a resposta.

O que é incrível! Já que no início isso acontece principalmente enquanto o Jason está sendo avaliado na entrevista e “teste de campo”.

Ou seja, o jogador é recompensado por investigar ou conversar opcionalmente com NPC’s.

Por fim, há poucas sessões de luta que são basicamente Quick Time Events. Creio que eles realmente não tinham ação como um foco principal.

Gráficos e Trilha Sonora

Os gráficos são muito bonitos e diferentes. Uma escolha interessante é a falta de rosto dos personagens.

Há muito brilho na noite (a maior parte da jogatina é a noite ou em locais fechados), principalmente por causa do excesso de luz dos prédios.

As cores são bem monocromáticas em corporações (com exceção dos brilhos de monitores e eletrônicos), enquanto a cidade brilha com neons e diversas paletas.

Notei um pouco de instabilidade quando troca de cenário ou fica em um espaço muito aberto, entretanto foi por pouco tempo.

Quanto aos efeitos sonoros e à música são ambientais. Passam o ar de ambiente futurista/Sci-fi, mantendo tons de mistério, de ação e de diversão.

Ou seja, existe uma variedade na trilha com relação ao momento do ambiente envolta do personagem. Por exemplo, se o personagem estiver com colegas de trabalho e estiverem brincando, vai estar um tom divertido de fundo.

Considerações Finais

O Minds Beneath Us é bastante inovador e realmente arriscara com o tipo de jogatina. Geralmente quando se fala de conversas vem em mente jogos visual novels, jogos-filme ou semelhantes, mas esse aqui possui um ar diferente.

Digamos que o ritmo dele é interessante e encaixa na medida que o jogador tem que cumprir objetivos. Assim como estilo de jogatina difere um pouco de títulos semelhantes.

Os gráficos e a trilha sonora são muito agradáveis e dão estilo aos cenários, aos personagens e à cidade.

Os pontos positivos com certeza são a narrativa e as imensas possibilidades de diálogo. A narrativa é muito bem escrita e os personagens parecem que são reais em suas falas, mantendo sempre um tom realista e único para cada personalidade. Seja no ambiente de trabalho ou fora dele.

Um detalhe positivo é a referência à coisas da cultura gamer-pop, como o Elon Musk, Gabe Newell (criador da Steam), marcas famosas (como Mc Donald’s) e etc.

Ou seja, a jogabilidade encaixa na proposta do jogo. Este não é um jogo de ação e frenético, mas sim um jogo complexo de escolhas e paciência.

O maior ponto negativo é a falta de outros idiomas, só têm inglês e idiomas orientais. O que pode dificultar a compreensão e aproveitamento da proposta.

O título está disponível somente para PC no momento. Há compatibilidade com controles modernos.

Caso tenha gostado do jogo, confira a página da Steam.

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