Em post na rede X o produtor de video games falou sobre o título

Em sua página X, Hideo Kojima analisou o filme Coringa: Folie à Deux.

Segundo ele: é interessante como o filme começa com uma sequência de animação, quase uma homenagem nostálgica ao estilo de Looney Tunes.

Nessa introdução animada, vemos o Coringa e sua sombra, retratando o dilema central da narrativa: quem realmente é o Coringa? Seria Arthur Fleck? Ou o Coringa é uma personalidade à parte, uma sombra, uma manifestação dos conflitos internos de Arthur?

Então, confira o post do produtor abaixo:

I watched “Joker: Folie à Deux.” The beginning of the film is an animation sequence, reminiscent of the nostalgic “Looney Tunes”, depicting a story of Joker and Joker’s shadow. In the trial that follows, the question of his multiple personality is argued from beginning to end. Is… pic.twitter.com/eEKRX4zPkD

— HIDEO_KOJIMA (@HIDEO_KOJIMA_EN) November 3, 2024

Ele continua: Esse questionamento permeia todo o filme, especialmente no julgamento que se desenrola, onde se debate o tema da dupla personalidade do Coringa.

Arthur é o verdadeiro Coringa? Ou o Coringa é uma faceta separada, uma sombra com vida própria?

Esse enigma gera uma discussão quase metanarrativa. Afinal, no primeiro filme, Coringa, foi o Coringa que cativou o público ao redor do mundo, ou foi Arthur? Esse é um questionamento que o filme levanta não apenas para o personagem, mas para os espectadores e até para os cidadãos de Gotham.

Vivemos em uma era de heróis de “justiça poética” sendo produzidos em massa, onde o embate entre o bem e o mal é o centro das narrativas.

Recentemente, uma onda de filmes spin-off tem se focado nos vilões, explorando suas complexidades e dando-lhes papéis de protagonismo. E então surge a pergunta: vilões também podem ser heróis?

É uma questão que o filme levanta de forma provocadora, quase à frente de seu tempo, especialmente em se tratando de uma produção da DC.

Teria sido o Coringa o personagem que o mundo realmente amou, ou era Arthur? Aqui, as opiniões divergem.

É bem possível que, ao longo das próximas décadas, essa percepção sobre o filme mude, à medida que o público absorve mais produções de heróis e anti-heróis. Esse filme talvez se torne um verdadeiro “folie à deux” com o tempo. Mas, independentemente das interpretações, não há dúvida de que o público amou Joaquin Phoenix e Lady Gaga nessa obra – ambos entregaram performances incríveis e cativantes.

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